quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

engano

ENGANO
Acreditei dirigir
O meu viver pela vida
Que fazia meu de-vir
Que ritmava a batida

Infringi alguns sinais
Dirigi na contra-mão
Briguei contra preconceitos
Fui amante da razão

Retas, curvas, solavancos
Muitas serras no caminho
Chorei com olhos e mente
Vivi amor e carinho

Desconfio que não fui
Diretor de minha vida
Fui levado a viver
Autonomia iludida

Hoje sei que nada sei
Nem sei se sei o que sei
Vivi tudo o que senti
Mudei muito o que pensei

Razão controla o querer
Vontade satisfazer
Sem razão ela domina
Leva o prazer a sofrer

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