quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

será?

SERÁ?
Como o amor pode ser tão bobo?
Como pode contentar-se com tão pouco?
Será que se contenta?
Por que se deseja tanto a que não se tem?
Um simples toque de uma porção mínima de pele
é o suficiente para fazer o sangue ferver
Segurar sua mão
Enlaça-la pela cintura
Sentir seu calor
Roçar seu rosto com o meu
Flutuar pelo salão ao som da música
Sentir a excitação do sexo
Apertando-se contra ela
Deslizar suavemente a mão por sobre o véu
que cobre suas costas
Buscar uma abertura
Sentir a ponta dos dedos roçando sua pele
Estremecer
Real ou imaginação?
Sinto que ela reage e me aperta suavemente
Erra os passos, sai do ritmo
Será verdade?
Será que também me quer?
Pede para parar de percorrer suas costas
com a mão que tenta sentir cada célula
daquele pedaço de corpo
Pede para parar, demonstrando o contrário
A voz sai-lhe fraca
Digo que não posso atendê-la
Não faz nada para fugir
Sinto um leve aperto
Por que sinto tanta felicidade
se nem ao menos sei se é real ou imaginação?
O que ela é?
Insegura?
Atriz?
Sádica?
Sonho tê-la nos braços
Acaricia-la suave e lentamente
Percorrer todo seu corpo
Célula por célula com as pontas dos dedos
Sentir as sensações percorrendo meu corpo
até chegar ao cérebro onde guardarei uma por uma
Sentir seus gostos e cheiros
Entrar em suas cavidades
Buscar no seu interior
As mais fortes sensações
Ir do murmúrio ao grito
Escorrer para seu interior
Desfalecer no paraíso

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